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TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS


MUESTRA DE POESÍA DE MEDELLIN 1950-2011.  Carátula: Germán Londoño. Medellín, Colombia: 2011.  381 p. 
ISBN  978-958-44-8484-0
               Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         AHORA JUNTOS

1

Toco el agua
La orilla retrocede
El lodazal se desliza entre las piedras

La noche se amontona
Agua dormida al fin
Respiro tu silencio

Dónde estoy
Palpo y se retiran la paredes

Oigo tus manos
De qué rama caerán todas tus letras

El día se esconde en el pasado
Y tu cauce me arrastra
Ruedo sin sentir tu lecho cerca

Los postigos se abren
El viento entra
Bajo tu palma el vientre se contrae

Charcos tempranos
Juncos que van rompiendo la corriente
Y te pido y te vas y nadie queda

El agua acecha en el invernadero
Pero de nuevo aquí todo termina
La tempestad borra las palabras

Me queda una
Oscurezco mi voz y así la guardo

Ruedan los días
Flechas de no llegar hasta mi centro

La luz vacila
Lo que vi me deja en el comienzo

Me interno en esta hora
Muros detrás de mi
En el rojo arenal hundo mis dedos

La sangre vuelve al polvo
Y todo queda quieto

 

       2

Qué casa barro ávido
Debajo qué madera
Qué raíces calladas

Cava la noche
Afuera alarga el trueno

No me atrevo decirle
La hora es esta hora

Y la casa vacila
La arena golpea las ventanas

El día nos inunda

Abre surcos la lluvia
La luz se me evapora

La noche se desquicia
El alba se mece entre las ramas

Por qué no pasa esta hora con el agua

La luz no escucha lo que pido
El aire me deshace con sus dedos

Me sacias día
Pero no me recoges

En frescos prados
El meditado sol de la mañana

La sed es mi andadera

Palabra por palabra voy saliendo

Y la mano se abre
La ceniza blanquea en el pasado

Piso el polvo que escribo

Te hablo para no seguir cayendo

No me deja pasar la noche al verme

Las calladas razones
El vano entendimiento

Horas la noche arruma

Mis palabras al fuego parpadean

Pero me llamas
Cavaría voz hasta mis huesos

Como agua pasó va mi deseo

El día es una rama se me quiebra

Calla te pido
La noche aúlla fuera

No me sujetes
Me ahogas con tu pie

Al agua del pasado cómo entro

Al pasar el pasar queda lo mismo

Alguién lleva los días
Ignoro si me suman o me restan

3

Cierro la puerta
Apago veloz los postigos
Hago mi cama  en tu brazo
Apartas mis ropas
Voy cayendo en mi sangre

La noche se abre
La arena dibuja en mi espalda
Mi boca tu lengua ilumina

El aire se aparta
Me ahogo al decirlo
Me alza tu brisa discreta

Se alejan mis sombras
Me llevan fugaz a otro bosque
Al alba calmará mi aflicción

El valle enrojece
La montaña se hunde en la nube

La balsa hace agua
Sin rumbo mi remo
Negras olas cubren mi techo

Salgo a tientas
Oigo el agua muy cerca
Me aparta el matorral de su orilla

El torrente desborda el silencio
No hay congoja entre el río y el trueno

Raudas manos
Mis dedos entibian las horas
En el patio celebra la lluvia

Si voy por tu cauce
De esta hora qué conciencia me queda

Allí donde mece el centeno
Y se agitan los sueños
El rocío suaviza las palmas
Y es un lecho la hierba

Hasta hallarte
Y al hallar me serene
Me quede a su tacto prendido

Extasiarme
Bañar mis pies en aceite
Hundir mi mano en el sueño

Breve incendio
Feliz eternidad di si llegas

Tu sangre me envuelve
En ráfagas tus brazos me ciñen
Tu vientre al tocar ilumina

Mis palabras son nubes
Si pregunto mi boca anochece

Rastreo la sed hasta el agua

Di si acaso ha llegado mi hora

Resbala el instante
El gozo se cierra
A tu luz confío mi sombra

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

       AGORA JUNTOS

1

Toco na água
A margem retrocede
O lodaçal desliza entre as pedras

A noite se acumula
Água dormida no fim
Respiro teu silencio

Onde estou
Apalpo e as paredes se afastam

Ouço tuas mãos
De qué galho cairão tuas letras

O dia se esconde no pasado
E teu leito me arrasta
Rodo sem sentir teu leito perto

As persianas se abrem
O vento entra
Sob tua palma o ventre se contrai

Poças primordiais
Juncos que vão rompendo a corrente
E te peço e tu vais e ninguém fica

A água se esconde na estufa
Mas de novo aqui tudo termina
A tempestade apaga as palavras

Me resta uma
Ofusco minha voz e assim a protejo


Rodam os dias
Flechas de não chegar até o meu centro

A luz vacila
O que vi me deixa no início

Me interno nesta hora
Muros detrás de mim
No rubro areial enfio meus dedos

O sangue vira pó
E tudo fica quieto

 

       2

Que casa barro ávido
Debaixo que madeira
Que raízes caladas

Cava a noite
Lá fora amplia o trovão

Não me atrevo a dizer-lhe
A hora é esta hora

E a casa vacila
A areia golpeia as janelas

O dia nos inunda

Abre sulcos a chuva
A luz se esvai

A noite enlouquece
El alvorada se move entre os ramos

Por quê não passa esta hora com a água

      
A luz não escuta o que eu peço
O ar me desfaz com seus dedos

Me sacias dia
Mas não me recolhes

Em frescos prados
O meditado sol da manhã

A sede é minha andarilha

Palavra por palavra vou saindo

E a mão se abre
A coisa embranquece no passado

Piso o pó que escrevo

Te falo para não seguir caindo

A noite não me deixa passar ao ver-me

As silentes razões
O entendimento em vão

Horas a noite arruma

Minhas palavras no fogo piscam

Mas tu me chamas
Cavaria voz até os meus ossos

Como água passou vai-se meu desejo

O dia é um ramo se me quebra

Cala te peço
A noite uiva lá fora

Não me sujeites
Me afogas com teu pé

À água do passado como entro?

Ao passar o passar fica o mesmo

Alguém leva os dias
Ignoro se me somam ou descontam

 

3

Fecho a porta
Apago veloz os postigos
Faço minha cama  em teu braço
Afastas minhas roupas
Vou descendo em meu sangue

A noite se abre
A areia desenha em minha espalda
Minha boca tua língua ilumina

O ar se afasta
Me afogo quando digo
Me eleva tua brisa discreta

Se afastam minhas sombras
Me levam fugaz a outro bosque
À alvorada acalmará minha aflição

O vale enrubesce
A montanha afunda na nuvem

A balsa vai à água
Sem rumo meu remo
Negras ondas cobrem o meu teto

Saio às cegas
Ouço a água bem perto
Me separa o matagal de sua margem

A torrente desborda o silêncio
Não há angústia entre o rio e o trovão

Rápidas mãos
Meus dedos entibiam as horas
No pátio celebra a chuva

Se vou por teu leito
Desta hora que consciência me resta

Ali onde embala o centeio
E se agitam os sonhos
O orvalho suaviza as palmas
E é um leito a relva

Basta achar-te
E ao achar me serene
E eu fique em seu tato preso

Extasiar-me
Banhar meus pés em azeite
Afundar minha mão no sonho

Breve incêndio
Feliz eternidade diz se chegas

Teu sangue me envolve
Em rajadas teus braços me abreviam
Teu ventre ao tocar ilumina

Minhas palavras são nuvens
Se pergunto minha boca anoitece

Rastreio a sede hasta à água

Diga se acaso chegou a minha hora

Resvala o instante
O gozo termina
À tua luz confio a minha sombra


*

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Página ampliada e republicada em janeiro de 2023


 

 

 
 
 
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